Espondilose – ou artrose na coluna – é um termo usado para descrever alterações degenerativas da coluna (desgaste), como ossos e as articulações. A espondilose geralmente não causa sintomas no início, mas a progressão do quadro pode causar incômodos, formigamentos e até fraqueza.
Embora possa ocorrer em toda a coluna, a espondilose é mais comum nas porções cervical (pescoço) e lombar (parte inferior). Isso ocorre porque essas regiões lidam com a execução de uma ampla gama de movimentos ao longo do dia. Além disso, suportam o peso da cabeça e do tronco, o que pode fazer com que suas estruturas estejam sob constante tensão.
A espondilose se desenvolve progressivamente, ou seja, os danos causados podem se agravar com o passar do tempo. Como consequência, o paciente pode sofrer com dores localizadas e dificuldade de locomoção, entre outros sintomas.
A degeneração progressiva pode ainda ferir ou sobrecarregar outros componentes da coluna. Assim, pessoas acometidas costumam apresentar maior predisposição ao desenvolvimento de outras condições, como osteófitos (bicos-de-papagaio) ou espondilolistese.
O desgaste natural da coluna causado pelo envelhecimento é, geralmente, o principal fator de risco. No entanto, é possível identificar ainda outros fatores que também podem contribuir para o desenvolvimento da espondilose.
Por exemplo, a realização de movimentos repetitivos ou incorretos e o carregamento excessivo de peso podem sobrecarregar a coluna e favorecer uma degeneração precoce de seus componentes.
Fatores genéticos e hereditários também podem contribuir para aumentar a predisposição do paciente ao quadro clínico. Nesse caso, deve-se prestar atenção especial a qualquer sintoma que possa se relacionar ao desgaste.
A espondilose costuma atingir a coluna cervical com bastante frequência. Essa região é especialmente propensa ao desgaste por apresentar grande amplitude de movimento e por sofrer com sobrecargas causadas pela postura incorreta e movimentação da cabeça.
A má postura ao usar o computador e o celular, por exemplo, vêm aumentando a incidência de espondilose cervical precoce em pessoas jovens.
Pacientes acometidos podem apresentar, principalmente, dor, ardência e formigamento no pescoço, nos braços e nas mãos. Em alguns casos, os ombros e o pescoço podem mostrar-se rígidos e mais fracos, dificultando a movimentação local.
Também é comum que a coluna lombar seja acometida por essa condição. Além da amplitude de movimento, essa porção também é responsável por sustentar boa parte do peso corporal, incluindo a cabeça e o tronco.
Essa variação é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos e pode causar sintomas como dor, formigamento, rigidez e dificuldade de mover a parte inferior das costas. Os sintomas costumam ser mais intensos pela manhã.
A avaliação clínica realizada por um especialista em coluna é um dos principais fatores levados em conta durante a determinação do diagnóstico de espondilose.
Além dos sintomas apresentados e do histórico do paciente, o profissional pode solicitar também exames de imagem para complementar a análise e detectar possíveis alterações na curvatura da coluna, por exemplo.
O tratamento para espondilose geralmente visa aliviar os sintomas e desacelerar o desenvolvimento do quadro. O uso de medicamentos pode ser eficaz para reduzir os incômodos e recuperar a funcionalidade motora dos locais afetados, mas não reverte os danos.
Analgésicos, antiinflamatórios, relaxantes musculares e medidas não medicamentosas, como a fisioterapia para correção postural, a realização de alongamentos e a aplicação de compressas quentes, são frequentemente indicados para proporcionar alívio.
Em alguns casos, também pode ser necessário realizar ainda a infiltração clínica de medicamentos na coluna. Essa opção é uma alternativa pouco invasiva aos tratamentos cirúrgicos e costuma ser eficaz para reduzir eventuais inflamações e dores.
Casos mais debilitantes ou que não respondem ao tratamento clínico podem ainda requerer intervenções cirúrgicas, que devem ser realizadas com profissionais especialistas em coluna.
O tempo de tratamento pode variar de acordo com a resposta individual do organismo e deve ser determinado por profissionais especializados.
É possível prevenir ou retardar o desenvolvimento da espondilose ao incorporar hábitos simples no cotidiano.
Por exemplo, manter a postura da coluna ereta, em especial para levantar peso e quando precisar ficar em uma mesma posição por várias horas seguidas, pode evitar que as estruturas fiquem posicionadas de maneira incorreta e aliviar a tensão na região.
Evitar o sedentarismo e realizar alongamentos e exercícios físicos (sempre com o auxílio e a orientação de um profissional) também são aliados importantes para manter a coluna saudável.
Além disso, se você possui casos de espondilose na família, se pratica atividades que podem sobrecarregar a coluna com frequência ou notou algum dos sintomas aqui descritos, é importante consultar um médico especialista em coluna para acompanhar, prevenir e tratar possíveis condições.
Sociedade Brasileira de Coluna – https://www.coluna.com.br/
AO SPINE – https://aospine.aofoundation.org/
Sociedade norte americana de cirurgia de coluna – https://www.spine.org/
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DR LUCIANO PACIENTE IDOSO COM ESPONDILOSE LOMBAR ALÉM DOS TRATAMENTOS CONSERVADORES JÁ REALIZADOS HÁ ALGUMA CIRURGIA QUE POSSA SER REALIZADA ALÉM DA FIXAÇÃO DA COLUNA?
Olá Geila, atualmente existem técnicas menos invasivas que podem ser efetivas nesse caso. A infiltração na coluna e a endoscopia de coluna são alguns exemplos de procedimentos minimamente invasivos em que muitas vezes conseguimos evitar a fixação da coluna (artrodese). Converse sobre esse assunto com seu médico.
Por favor doutor,tenho 48 anos,moro no Japão e fui diagnosticada aqui com espondilose lombar deformativa,sinto muita dor lombar que vai até as nadegas,tenho formigamento nas pernas,mais na direita do que na esquerda e qdo ando muito ou fico muito tempo em pé,sinto que minhas pernas ficam sem força!
O médico daqui me reseitou apenas analgésico e uma pomada pra passar na coluna!
Só que a dor diminui,porém não passa,é normal,sentir tudo isso?
Olá Carla! O fato de apresentar alguns sintomas neurológicos (formigamento, perda de força) é um sinal de alerta para uma melhor investigação diagnóstica. Antes de qualquer coisa é importante confirmar esse exame físico e talvez fazer um exame de imagem detalhado da região.