20 fev O que é espondilose?
O que é espondilose?
Espondilose – ou artrose na coluna – é um termo usado para descrever alterações degenerativas da coluna (desgaste), como ossos e as articulações. A espondilose geralmente não causa sintomas no início, mas a progressão do quadro pode causar incômodos, formigamentos e até fraqueza.
Embora possa ocorrer em toda a coluna, a espondilose é mais comum nas porções cervical (pescoço) e lombar (parte inferior). Isso ocorre porque essas regiões lidam com a execução de uma ampla gama de movimentos ao longo do dia. Além disso, suportam o peso da cabeça e do tronco, o que pode fazer com que suas estruturas estejam sob constante tensão.
A espondilose se desenvolve progressivamente, ou seja, os danos causados podem se agravar com o passar do tempo. Como consequência, o paciente pode sofrer com dores localizadas e dificuldade de locomoção, entre outros sintomas.
A degeneração progressiva pode ainda ferir ou sobrecarregar outros componentes da coluna. Assim, pessoas acometidas costumam apresentar maior predisposição ao desenvolvimento de outras condições, como osteófitos (bicos-de-papagaio) ou espondilolistese.
Quais são as causas e sintomas da espondilose?
O desgaste natural da coluna causado pelo envelhecimento é, geralmente, o principal fator de risco. No entanto, é possível identificar ainda outros fatores que também podem contribuir para o desenvolvimento da espondilose.
Por exemplo, a realização de movimentos repetitivos ou incorretos e o carregamento excessivo de peso podem sobrecarregar a coluna e favorecer uma degeneração precoce de seus componentes.
Fatores genéticos e hereditários também podem contribuir para aumentar a predisposição do paciente ao quadro clínico. Nesse caso, deve-se prestar atenção especial a qualquer sintoma que possa se relacionar ao desgaste.
Espondilose na coluna cervical
A espondilose costuma atingir a coluna cervical com bastante frequência. Essa região é especialmente propensa ao desgaste por apresentar grande amplitude de movimento e por sofrer com sobrecargas causadas pela postura incorreta e movimentação da cabeça.
A má postura ao usar o computador e o celular, por exemplo, vêm aumentando a incidência de espondilose cervical precoce em pessoas jovens.
Pacientes acometidos podem apresentar, principalmente, dor, ardência e formigamento no pescoço, nos braços e nas mãos. Em alguns casos, os ombros e o pescoço podem mostrar-se rígidos e mais fracos, dificultando a movimentação local.
Espondilose na coluna lombar
Também é comum que a coluna lombar seja acometida por essa condição. Além da amplitude de movimento, essa porção também é responsável por sustentar boa parte do peso corporal, incluindo a cabeça e o tronco.
Essa variação é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos e pode causar sintomas como dor, formigamento, rigidez e dificuldade de mover a parte inferior das costas. Os sintomas costumam ser mais intensos pela manhã.
Como é feito o diagnóstico?
A avaliação clínica realizada por um especialista em coluna é um dos principais fatores levados em conta durante a determinação do diagnóstico de espondilose.
Além dos sintomas apresentados e do histórico do paciente, o profissional pode solicitar também exames de imagem para complementar a análise e detectar possíveis alterações na curvatura da coluna, por exemplo.
Tratamento
O tratamento para espondilose geralmente visa aliviar os sintomas e desacelerar o desenvolvimento do quadro. O uso de medicamentos pode ser eficaz para reduzir os incômodos e recuperar a funcionalidade motora dos locais afetados, mas não reverte os danos.
Analgésicos, antiinflamatórios, relaxantes musculares e medidas não medicamentosas, como a fisioterapia para correção postural, a realização de alongamentos e a aplicação de compressas quentes, são frequentemente indicados para proporcionar alívio.
Em alguns casos, também pode ser necessário realizar ainda a infiltração clínica de medicamentos na coluna. Essa opção é uma alternativa pouco invasiva aos tratamentos cirúrgicos e costuma ser eficaz para reduzir eventuais inflamações e dores.
Casos mais debilitantes ou que não respondem ao tratamento clínico podem ainda requerer intervenções cirúrgicas, que devem ser realizadas com profissionais especialistas em coluna.
O tempo de tratamento pode variar de acordo com a resposta individual do organismo e deve ser determinado por profissionais especializados.
Como prevenir?
É possível prevenir ou retardar o desenvolvimento da espondilose ao incorporar hábitos simples no cotidiano.
Por exemplo, manter a postura da coluna ereta, em especial para levantar peso e quando precisar ficar em uma mesma posição por várias horas seguidas, pode evitar que as estruturas fiquem posicionadas de maneira incorreta e aliviar a tensão na região.
Evitar o sedentarismo e realizar alongamentos e exercícios físicos (sempre com o auxílio e a orientação de um profissional) também são aliados importantes para manter a coluna saudável.
Além disso, se você possui casos de espondilose na família, se pratica atividades que podem sobrecarregar a coluna com frequência ou notou algum dos sintomas aqui descritos, é importante consultar um médico especialista em coluna para acompanhar, prevenir e tratar possíveis condições.
Publicações científicas:
Sociedade Brasileira de Coluna – https://www.coluna.com.br/
AO SPINE – https://aospine.aofoundation.org/
Sociedade norte americana de cirurgia de coluna – https://www.spine.org/
GEILA
Posted at 14:20h, 14 marçoDR LUCIANO PACIENTE IDOSO COM ESPONDILOSE LOMBAR ALÉM DOS TRATAMENTOS CONSERVADORES JÁ REALIZADOS HÁ ALGUMA CIRURGIA QUE POSSA SER REALIZADA ALÉM DA FIXAÇÃO DA COLUNA?
Dr. Luciano
Posted at 09:44h, 27 marçoOlá Geila, atualmente existem técnicas menos invasivas que podem ser efetivas nesse caso. A infiltração na coluna e a endoscopia de coluna são alguns exemplos de procedimentos minimamente invasivos em que muitas vezes conseguimos evitar a fixação da coluna (artrodese). Converse sobre esse assunto com seu médico.
Carla
Posted at 04:24h, 26 julhoPor favor doutor,tenho 48 anos,moro no Japão e fui diagnosticada aqui com espondilose lombar deformativa,sinto muita dor lombar que vai até as nadegas,tenho formigamento nas pernas,mais na direita do que na esquerda e qdo ando muito ou fico muito tempo em pé,sinto que minhas pernas ficam sem força!
O médico daqui me reseitou apenas analgésico e uma pomada pra passar na coluna!
Só que a dor diminui,porém não passa,é normal,sentir tudo isso?
Dr. Luciano Pellegrino
Posted at 15:20h, 08 agostoOlá Carla! O fato de apresentar alguns sintomas neurológicos (formigamento, perda de força) é um sinal de alerta para uma melhor investigação diagnóstica. Antes de qualquer coisa é importante confirmar esse exame físico e talvez fazer um exame de imagem detalhado da região.