11 fev Espondilólise
Espondilólise – Diagnóstico Precoce Previne Complicações
A espondilólise é uma fratura ou falha estrutural da coluna, causando uma ruptura nos istmos (pars interarticularis) – uma fina estrutura óssea localizada entre as articulações facetárias superiores e inferiores de uma vértebra. Por isso, a espondilólise também pode ser denominada de lise dos istmos.
A palavra vem do grego e signfica: “Spondylos” – vértebra da coluna; “Lise” – ruptura.
A espondilólise pode ser unilateral (em um dos lados da vértebra) ou bilateral (em ambos os lados), levando a uma instabilidade da vértebra que pode resultar em espondilolistese – um deslizamento da vértebra – ela “escorrega” para frente em relação à vértebra que está abaixo.
Portanto, apesar dos nomes parecidos, são diferentes. Enquanto a espondilólise é a fratura ou falha na vértebra, a espondilolistese é o deslizamento frequentemente resultante de uma espondilólise não tratada. Mas, vale ressaltar que a relação entre elas não precisa necessariamente ocorrer.
Qual a Causa da Espondilólise?
A causa dessa ruptura nos istmos que a espondilólise representa pode ser:
- Congênita
- Fratura por Estresse ou Trauma
- Falha Estrutural
Uma característica ou anomalia que está presente desde o nascimento. Essas condições podem ser causadas por fatores genéticos ou alterações durante o desenvolvimento fetal.
A fratura pode vir de um trauma repentino, como um acidente, ou em decorrência de uma fratura por estresse, uma sobrecarga mecânica repetitiva comum em pessoas que realizam atividades físicas intensas no trabalho ou no esporte. O osso não consegue se regenerar adequadamente entre os esforços, levando a microfraturas.
A espondilólise pode estar relacionada a outras anormalidades anatômicas da vértebra, como os pedículos curtos.
Pedículos são estruturas ósseas que conectam o corpo vertebral aos elementos posteriores da vértebra (como as lâminas e os processos articulares).
Quando os pedículos são curtos, podem contribuir para o aumento do estresse mecânico nos istmos.
A espondilólise é uma causa comum quando ocorre a dor lombar ainda na infância e adolescência, seja pelo agravamento do fator congênito ou pelo envolvimento com a atividade física.
No adulto, dificilmente é a única causa da dor na coluna. Ela pode estar associada a outros fatores degenerativos já presentes nesta fase.
O diagnóstico e acompanhamento da espondilolistese e de outras condições deverá ser realizado pelo médico especialista em coluna, sendo importante para evitar complicações no movimento e estabilidade da coluna ao longo do tempo.
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Luciano Pellegrino – Doctoralia.com.br
Sintomas da Espondilólise
Geralmente, a espondilólise afeta a coluna entre a região lombar e sacra (L5 – S1), portanto, a dor nas costas nesta área é o principal sintoma.
Outro sintoma, é a piora da dor em atividades de hiperextensão lombar.
Contudo, na região lombossacra, está localizada uma densa rede de nervos responsáveis pela sensibilidade e movimentação das pernas, pelve e outras regiões do corpo.
O nervo ciático é o principal a desempenhar um papel nesta inervação e irradiação da dor (dor ciática) para outras regiões.
Sendo assim, dor nas pernas, glúteos e outras regiões compreendidas, podem ser sintomas da espondilólise quando o nervo é afetado.
No entanto, grande parte dos pacientes são assintomáticos.
Como Diagnosticar a Espondilólise?
Como na maioria das vezes, o paciente é assintomático, o diagnóstico de espondilólise é realizado quando há queixa da dor e com base em uma combinação de histórico clínico, exames físico e de imagem:
Histórico Clínico
O médico da coluna investigará a história dos sintomas, incluindo o tipo e a duração da dor, além de qualquer atividade física ou evento traumático que possa estar relacionado.
A idade do paciente é um fator importante, pois como explicado, a espondilólise é a causa mais comum em adolescentes e jovens adultos.
Exame Físico
O médico avaliará a mobilidade da coluna, procurando por limitações de movimento, rigidez e dor durante a flexão, extensão e rotação da coluna.
Alguns testes específicos de movimento ou postura, assim como a palpação da região lombar, podem ajudar a identificar a origem da dor.
Exames de Imagem
A radiografia já pode demonstrar a ruptura dos istmos, sendo que a tomografia computadorizada fornece imagens mais detalhadas da estrutura óssea, permitindo uma avaliação mais precisa da fratura.
A ressonância magnética é útil para avaliar os tecidos moles ao redor da vértebra, como os discos intervertebrais e os nervos, e pode indicar inflamações ou outras lesões associadas.
Diagnóstico Incidental
Outra possibilidade, é um diagnóstico incidental. Ou seja, ao investigar outras doenças ou causas de dor na coluna, o exame identifica a espondilólise.
Tratamento para Espondilólise
Para o tratamento da espondilólise, é fundamental realizar uma a href=”https://www.drlucianopellegrino.com.br/consulta-online-ortopedista-coluna/”>consulta com o médico especialista em coluna para um diagnóstico diferencial.
É necessário descartar outras causas de dor na coluna como, por exemplo, hérnia de disco, espondilolistese, etc.
A mera constatação da espondilólise não significa que ela seja a razão da dor, principalmente quando há outras condições associadas.
Sendo assim, o tratamento depende da gravidade dos sintomas, da idade do paciente, do nível de atividade física e do impacto da condição na qualidade de vida.
O objetivo principal é seguir com um tratamento conservador para aliviar a dor, melhorar a função da coluna e prevenir a progressão da condição.
Raramente, são necessárias intervenções cirúrgicas.
1. Alívio da Dor
Repouso Relativo
Evitar atividades que sobrecarreguem a coluna, especialmente aquelas que envolvem hiperextensão ou rotação da coluna lombar, como ginástica, futebol ou levantamento de peso.
O repouso extenso, por longos períodos, não é recomendado, pois pode levar ao enfraquecimento muscular.
Medicamentos para Dor
Analgésicos ou anti-inflamatórios podem ser receitados para aliviar a dor e reduzir a inflamação.
Relaxantes musculares podem ser prescritos, eventualmente, para aliviar espasmos musculares associados à dor.
2. Melhora da Função
Uso de Coletes
Em alguns casos, o uso de coletes ortopédicos pode ajudar a estabilizar a coluna, ou ainda, reduzir a dor.
Fisioterapia
Exercícios específicos para fortalecer a musculatura do core (abdômen, lombar e pelve) melhoram a estabilidade da coluna. Também, a correção da postura pode reduzir a pressão sobre ela.
Técnicas de alongamento e mobilização para aumentar a flexibilidade, ajudam a reduzir a tensão muscular.
3. Prevenção
Mudanças no Estilo de Vida
Evitar Atividades de Alto Impacto que exigem flexão e extensão repetitiva da coluna (como ginástica, futebol ou levantamento de peso) devem ser evitados ou realizados com cautela.
Controle do Peso Corporal
É importante manter um peso saudável para reduzir a carga sobre a coluna, ajudando a aliviar, ou evitar, possíveis sintomas.
Manter-se Ativo
Atividades de baixo impacto, como caminhadas leves ou natação, ajudam a manter a mobilidade e prevenir o enfraquecimento muscular.
Monitoramento Contínuo
A espondilólise e demais condições que acometem a coluna exige um acompanhamento médico regular para monitorar a progressão e ajustar a condução do tratamento conforme necessário.
Em muitos casos, os sintomas podem ser controlados com sucesso, permitindo que o paciente tenha uma rotina normal de suas atividades.
4. Cirurgia
Atualmente, existem tratamentos auxiliares para diversas condições que afetam a estrutura músculo-esquelética e neurológica da coluna.
São as denominadas cirurgias minimamente invasivas da coluna, destacando-se o bloqueio e a infiltração na coluna para alívio da dor e inflamação.
A cirurgia aberta convencional é indicada apenas nos casos mais graves, após esgotarem-se as tentativas com o tratamento conservador, e quando há o comprometimento de mobilidade e qualidade de vida do paciente.
É previsto o reparo direto dos istmos, fixando a fratura da vértebra afetada com parafusos através da técnica da artrodese, estabilizando a coluna novamente.
Para obter a melhor orientação sobre a espondilólise, é necessário consultar o especialista da coluna para avaliar as particularidades de cada caso.
O acompanhamento médico e a adesão ao tratamento são essenciais para uma recuperação completa e para evitar recidivas.
Caso você suspeite ter lipomatose epidural ou apresente outras condições, procure o especialista da coluna.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Luciano Pellegrino – Doctoralia.com.br
Publicações científicas:
Sociedade Brasileira de Coluna – https://www.coluna.com.br/
AO SPINE – https://aospine.aofoundation.org/
Sociedade norte americana de cirurgia de coluna – https://www.spine.org/
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