A Doença de Scheuermann é uma deformidade na coluna também conhecida como Cifose de Scheuermann ou Cifose Juvenil que se caracteriza pelo desenvolvimento anormal das vértebras, resultando em uma curvatura excessiva da coluna na região torácica posterior, arqueando a postura para frente (hipercifose).
Embora não seja uma doença incapacitante na maioria dos casos, compreender sua causa, diagnóstico e opções de tratamento, além do acompanhamento médico com o especialista em coluna, é fundamental para garantir uma qualidade de vida adequada para aqueles que enfrentam essa condição.
É importante salientar que uma curvatura na coluna torácica (cifose) ou lombar (lordose) é considerada normal. Entretanto, quando esta curvatura é excessiva, algumas medidas precisam ser tomadas para a correção ou para conter a progressão da deformidade.
O tratamento será prescrito pelo médico especialista em coluna de acordo com o grau da curvatura apresentada.
A Doença de Scheuermann não tem uma causa conhecida, é considerada uma condição multifatorial, o que significa que vários fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento.
Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, há evidências que sugerem uma predisposição genética e a verificação de uma inflamação no interior das vértebras que provoca um crescimento menor na parte da frente da coluna e faz com que haja uma curvatura progressiva posterior, levando a uma hipercifose.
Outros fatores que também podem aumentar o risco de desenvolver a Cifose de Scheuermann são:
Podem estar presentes outras alterações típicas entre as vértebras e encurtamento dos músculos da região torácica e isquiotibiais.
É uma condição que se apresenta predominantemente na adolescência, no período de maior aceleração do crescimento, e proporcionalmente mais em meninos do que em meninas.
Nos jovens, é a causa mais frequente da corcunda e, também, costumam se apresentar outras deformidades como a escoliose.
O diagnóstico da doença de Scheuermann é geralmente feito durante a adolescência, quando os jovens passam por um rápido crescimento esquelético. Os principais sintomas incluem dor nas costas, rigidez e uma aparência corcunda notável.
Conforme a gravidade, o paciente ainda pode sentir fadiga e, raramente, algum sintoma neurológico.
No entanto, é importante observar que nem todas as pessoas afetadas experimentam ou experimentarão dor significativa.
Um exame físico detalhado e uma avaliação das radiografias pelo ortopedista da coluna são as abordagens mais comuns para o diagnóstico. As radiografias ajudam a identificar a curvatura excessiva da coluna, bem como a característica formação de cunha nas vértebras afetadas.
A curvatura é medida pelo ângulo de Cobb, que mede a inclinação entre as vértebras. É uma medida que quantifica a curvatura da coluna vertebral determinada a partir de radiografias tiradas em posições específicas, com o paciente em posição ereta. Quando realizadas com o paciente deitado, servem para medir a flexibilidade da curva.
O ângulo de Cobb é medido traçando linhas paralelas à extremidade superior da vértebra mais inclinada da curva principal e à extremidade inferior da vértebra mais inclinada da mesma curva. O ângulo formado por essas linhas é usado para classificar a gravidade da curvatura.
Os limites fisiológicos (normais) da cifose torácica variam entre 20 e 45 graus. Quando há uma curva acima de 45 graus, podemos defini-la como hipercifose.
Outra forma de avaliação, que pode ser realizada no consultório mesmo, é o Teste de Adams.
É um procedimento clínico que envolve observar a curvatura da coluna vertebral enquanto o paciente se inclina para a frente. O paciente é instruído a ficar de pé, inclinar-se para a frente com os braços pendurados, enquanto o médico especialista da coluna observa a curvatura da coluna.
Na Cifose de Scheuermann é observada uma angulação mais alta e aguda em comparação a um desvio por má postura, por exemplo. Em uma cifose flexível (dorso curvo postural) essa angulação é mais suave.
Contudo, para um diagnóstico definitivo, o médico irá avaliar se existem outras hipóteses que possam provocar a deformidade.
O tratamento para a Doença de Scheuermann varia dependendo da gravidade da curvatura, dos sintomas apresentados e da idade do paciente. A cifose juvenil não tem cura, mas seus sintomas podem ser controlados.
Em casos leves, quando a curvatura é menor que 50 graus e não há dor significativa, a observação regular e exercícios de fortalecimento podem ser suficientes para gerenciar a condição. Fisioterapia e reabilitação também podem ser indicadas para melhorar a postura e a força muscular.
Entre 50 a 75 graus, o uso de colete para coluna pode ser recomendado para ajudar a corrigir a curvatura e evitar uma progressão adicional. O uso do colete só é eficaz quando o crescimento esquelético ainda está em andamento (crianças, pré-adolescentes e adolescentes).
No entanto, em casos mais graves, acima de 75 graus, ou quando a curvatura está progredindo rapidamente, e ainda, havendo dor e desconforto significativos, a cirurgia para coluna pode ser considerada para o reposicionamento das vértebras.
Durante o procedimento cirúrgico, o cirurgião especialista da coluna realinha as vértebras, utilizando-se de alguns recursos como hastes e parafusos biocompatíveis (artrodese da coluna) para manter a coluna na posição correta.
Saliente-se que a cirurgia é necessária em uma minoria dos casos.
A Cifose de Scheuermann é uma condição ortopédica que afeta a coluna vertebral durante a adolescência. Embora não seja uma condição grave na maioria dos casos, pode causar dor, desconforto e impactar a qualidade de vida.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para garantir um desenvolvimento ortopédico da coluna saudável e minimizar os sintomas. A cifose juvenil pode não ser percebida até os 10 – 12 anos, sendo muitas vezes diagnosticada incorretamente como dorso curvo postural, uma cifose moderadamente aumentada.
Através da observação regular, exercícios de fortalecimento, uso de coletes ortopédicos quando apropriado e, em casos mais graves, cirurgia, é possível enfrentar eficazmente os desafios impostos pela doença de Scheuermann.
Caso precise de mais informações ou se busca tratamento para a Doença de Scheuermann com um médico cirurgião especialista em coluna, agende uma consulta com Dr. Luciano Pellegrino.
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