A discopatia degenerativa é uma condição progressiva que afeta os discos intervertebrais.
Apesar de ser mais comum na região lombar, também pode afetar as outras partes da coluna e causar dor, formigamento, rigidez e até dificuldade para mover as costas.
Entre os principais fatores de risco, má postura e lesões causadas por traumas ou movimentos incorretos costumam ser frequentes entre os pacientes acometidos. O avanço da idade também favorece o desgaste natural dos discos e aumenta a propensão à discopatia.
Além dos incômodos inerentes à condição em si, a discopatia pode afetar a relação entre os componentes da coluna e proporcionar o desenvolvimento de outros quadros clínicos, como hérnias de disco, artrose na coluna e bicos-de-papagaio.
A perda de líquido e volume reduz a capacidade de amortecimento dessas estruturas e causa um desbalanço na relação entre os componentes da coluna, dificultando a movimentação e resultando no surgimento dos incômodos e dores.
Além do envelhecimento, outros fatores podem acelerar a degeneração dos discos. Entre eles, destacam-se a obesidade, o tabagismo, má postura, a realização de atividades físicas não supervisionadas e a ocorrência de pancadas e lesões.
Em alguns casos, questões anatômicas podem acarretar em uma predisposição congênita, ou seja, em um aumento da propensão para desenvolver a discopatia.
Como se trata de uma condição progressiva, é importante identificar os sintomas o mais brevemente possível para dar início ao tratamento com um especialista em coluna.
A discopatia degenerativa pode surgir silenciosamente, sem apresentar sintomas. Por isso, é comum que os pacientes procurem ajuda somente após o agravamento do quadro.
Entre os pacientes sintomáticos, a dor na nuca ou na região lombar figura como um dos principais sinais. Em alguns casos, esse incômodo pode irradiar para os braços, pernas e nádegas ou ainda vir acompanhado por formigamento, dormência ou perda de sensibilidade.
A forma com que os sintomas se apresentam varia em cada indivíduo: podem persistir por semanas e até meses ou desaparecer em poucos dias e retornar esporadicamente. Geralmente, os incômodos costumam ser mais intensos no final do dia e podem melhorar ao caminhar, mudar de posição ou deitar.
A discopatia pode também causar rigidez e fraqueza na coluna, reduzindo a capacidade motora do paciente e prejudicando o desempenho no cotidiano.
É importante consultar um médico especialista em coluna para obter um diagnóstico adequado.
Inicialmente, o histórico e o estado clínico do paciente deve ser avaliado, visando verificar a ocorrência de sintomas e fatores de risco.
Além disso, exames de imagem (como raios-X, ressonância magnética ou tomografia computadorizada) podem ser importantes para esclarecer as especificidades do caso e determinar o melhor tratamento.
Geralmente, os tratamentos para discopatia têm o objetivo de aliviar os sintomas edesacelerar o desenvolvimento do quadro.
Medicamentos e exercícios de fortalecimento podem ser aliados importantes para reduzir os incômodos e recuperar a funcionalidade motora dos locais afetados, mas não restauram os discos.
Analgésicos, antiinflamatórios e medidas não medicamentosas, como sessões de alongamento e fisioterapia para correção da postura, são frequentemente indicados.
É possível prevenir a discopatia degenerativa ao adotar hábitos posturais mais saudáveis. Manter a coluna ereta, principalmente ao carregar peso ou ficar em uma mesma posição por um longo período de tempo, evita que as estruturas fiquem posicionadas de maneira incorreta e ajuda a reduzir a tensão sobre os discos.
Incluir alguns minutos de alongamento na rotina também é importante para preparar as costas para os impactos do dia a dia e diminuir as chances de lesões.
Além disso, a prática regular de exercícios físicos orientados por profissionais ajuda a fortalecer os músculos da coluna e proporcionar mais suporte para o tronco.
Se você pratica atividades que podem sobrecarregar a coluna com frequência ou apresenta algum dos sintomas aqui descritos, consulte um médico especialista em coluna para acompanhar, prevenir e tratar possíveis condições.
Em alguns casos, também pode ser necessário realizar a infiltração clínica de medicamentos na coluna. Essa opção costuma ser eficaz para reduzir eventuais inflamações e dores em casos onde o tratamento clínico produz pouco efeito.
As intervenções cirúrgicas não costumam ser necessárias, mas podem ser adotadas em quadros mais graves ou que não puderam ser controlados com os tratamentos anteriores.
Sociedade Brasileira de Coluna – https://www.coluna.com.br/
AO SPINE – https://aospine.aofoundation.org/
Sociedade norte americana de cirurgia de coluna – https://www.spine.org/