A escoliose neuromuscular é uma deformidade na coluna vertebral de natureza neurológica ou muscular.
As doenças mais comuns que podem causar escoliose neuromuscular são:
Quando a escoliose neuromuscular ocorre, a coluna vertebral geralmente adquire o formato de um “C” longo – principalmente em crianças que possuem a musculatura estabilizadora da coluna mais flácida, não sendo capazes de suportar o peso do seu tronco na posição sentada.
Esse tipo de escoliose normalmente surge secundariamente a doenças neurológicas, como é o caso da paralisia cerebral (causa mais comum).
Aproximadamente 38% dos pacientes portadores de paralisia cerebral também apresentam sintomas de escoliose maior que 10 graus. E nesses pacientes, geralmente a curva é progressiva independentemente da idade.
Uma característica típica de pacientes que apresentam distúrbios neuromusculares como a escoliose é a presença da obliquidade pélvica. Isso resulta em uma assimetria na distribuição de peso na região sacro.
Em outras palavras, isso significa um balanceamento incorreto do tronco e uma tendência a curvatura da lombar determinar diferença entre os membros inferiores.
A escoliose neuromuscular advém de condições neurológicas e musculares de diferentes tipos. Normalmente, as doenças relacionadas a escoliose são:
Uma doença neuromuscular causada por uma lesão no cérebro imaturo. Esta condição emite sinais anormais para os músculos do corpo. Pacientes portadores de paralisia cerebral que possuem luxação no quadril podem piorar a escoliose.
Também conhecida como Espinha Bífida, é uma doença neuromuscular que os ossos da coluna e a medula não se formam de maneira normal, tendo uma falha na formação dessas estruturas. Isso ocasiona pouco controle nos músculos da coluna e membros inferiores, causando, portanto, a escoliose.
Esta é uma doença que os músculos do corpo vão se degenerando. A incompetência dos músculos do paciente em dar suporte à coluna levam ao desenvolvimento da escoliose.
Essa condição é gerada por lesões da medula que causam alteração no controle neurológico da coluna e dos membros abaixo do nível que a lesão está localizada.
Isso resulta de atividade anormal e assimétrica da musculatura, causando a escoliose. Neste caso, quanto mais jovem for o paciente que sofrer o trauma raquimedular, maior a chance de desenvolver escoliose.
O diagnóstico da escoliose neuromuscular é feito inicialmente clinicamente, através de uma boa anamnese e exame físico. Os exames de imagem como a radiografia da coluna vertebral e ressonância magnética são importantes para a decisão terapêutica.
O tratamento da escoliose neuromuscular visa evitar a progresso da condição de doença e restaurar os balanceamentos sagital, coronal bem como o alinhamento da coluna ao sentar-se.
Ainda, se não for possível restaurar, busca-se manter a condição que se tem para evitar piora.
Existe a opção da realização de um tratamento conservador através de cadeiras adaptadas aos pacientes, em casos leves e selecionados.
No entanto, a cirurgia é conhecida como única opção para frear a progressão da deformidade neuromuscular.
Normalmente a visita ao ortopedista de coluna para o tratamento não-cirúrgico de escoliose neuromuscular é semestral, com exceção feita durante o período “estirão” de crescimento do indivíduo, no período pueril.
Nesse período, o ritmo de piora da deformidade tende a aumentar e por isso o intervalo deve ser menor com visitas mais próximas.
Também é indicado o uso de colete para coluna em curvas secundárias e flexíveis ou cadeiras adaptadas neste paciente, mas possui apenas caráter paliativo..
Enfim, a cirurgia acaba sendo o único método capaz de controlar a progressão.
O tratamento cirúrgico para pacientes com escoliose neuromuscular acaba sendo bastante desafiador. Um bom planejamento e avaliação pré-operatória são fundamentais.
Ainda, pacientes com esta condição costumam ter distúrbios nutricionais de origens variada como o refluxo gastroesofágico, baixa ingestão proteica e infecções de repetição. Tudo isso deve ser controlado antes da cirurgia.
Também é importante uma avaliação nutricional complementando o tratamento com o ortopedista para a melhor avaliação pré-cirúrgica.
Além disso, métodos como radiografias e tomografia, além de ressonâncias, dão maiores detalhes para que o ortopedista consiga ter uma boa avaliação.
Novas técnicas para a operação da escoliose neuromuscular estão levando a resultados superiores e aumentando o grau de satisfação dos parentes e cuidadores, além de estar aumentando consideravelmente a qualidade de vida dos pacientes.
É preciso buscar ajuda sempre que você notar que seu filho possui alguma curvatura na coluna, principalmente se estiver acompanhado de dor. Se ele possuir dificuldade para manter a postura, também é válido fazer pelo menos 1 exame para detecção de escoliose.
Devido à condição neuromuscular preexistente causadora deste tipo de escoliose, muitas vezes existem limitações impostas tanto pelo tratamento quanto pela doença, que podem afetar o lado emocional dos indivíduos ou deixá-los dependentes.
É importante o diagnóstico inicial para evitar que a curvatura não fique muito acentuada (mais de 50 graus) e que o indivíduo tenha uma vida mais saudável possível.
Muitas vezes a cirurgia, para estes casos, é simplesmente para permitir que a criança se sente de maneira correta na cadeira de rodas, porque a escoliose neuromuscular é acompanhada por outros distúrbios que devem ser tratados.
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