A artrose na coluna é uma condição degenerativa que acomete muitas pessoas e, segundo a Organização Mundial da Saúde, este problema é a quarta doença que mais reduz a qualidade de vida no mundo, uma vez que as articulações são afetadas.
Por ser um quadro degenerativo, a artrose não tem uma cura, mas existem tratamentos que desaceleram sua progressão e auxiliam na manutenção da qualidade de vida dos pacientes.
Embora esteja atrelada com o público idoso, a artrose na coluna também pode afetar os mais jovens. De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, cerca de 20% de adultos brasileiros na faixa dos 30 anos, já sofriam com algum sintoma da artrose, que consiste na rigidez, limitação funcional e dores articulares.
O processo de artrose na coluna costuma afetar os seguintes elementos:
Cada vértebra da coluna tem quatro articulações que funcionam como dobradiças. Essas articulações da coluna permitem extensão, flexão e rotação. Como outras articulações, as superfícies das facetas articulares são revestidas com cartilagem. A cartilagem é um tipo especial de tecido que fornece lubrificação e diminui a fricção da superfície de deslizamento. A degeneração articular provoca a perda da cartilagem e formação de osteófitos (“bicos de papagaio”). Estas alterações podem causar hipertrofia facetária ou osteoartrite, levando a dor facetária ou síndrome facetária. É comum a associação com cistos facetários devido à doença da faceta e instabilidade local.
O conjunto de degenerações do disco + faceta articular + osso + ligamento pode levar a um quadro de estenose do canal vertebral (estreitamento do canal dos nervos).
A coluna cervical é especialmente susceptível à artrose e degeneração precoce por apresentar grande amplitude de movimento. Nos dias atuais, isso é ainda mais frequente devido à má postura crônica da população. Os sintomas podem variar, sendo comum a dor na região cervical (pescoço), torcicolos, dor irradiando para escápulas/ombros/braços/mãos e até mesmo dor/dificuldade para engolir (disfagia). Quando um osteófito (“bico de papagaio”) provoca compressão da raiz nervosa, podem ocorrer alterações sensitivas (dormências, formigamentos) e motoras (diminuição de força, câimbras).
A coluna lombar é a região em que a artrose na coluna é mais frequente. Isso se deve tanto pela mobilidade dessa região como ao fato de ter de suportar todo o peso de nosso corpo. É uma região de grande transferência de carga entre a coluna vertebral e a bacia (estrutura mais rígida). A artrose na coluna lombar é mais frequente nas pessoas com idade acima dos 40 anos. Dor e rigidez matinal são queixas comuns. Geralmente níveis múltiplos estão envolvidos. Sentar-se por longos períodos de tempo podem causar dor e outros sintomas devido à pressão sobre as vértebras lombares. Além da dor no local (dor na coluna lombar), pode estar presente a dor “ciática” em alguma perna com ou sem alterações sensitivas e motoras.
A maior parte dos casos de artrose na coluna podem ser adequadamente tratados de forma conservadora. A cirurgia da coluna é indicada em uma minoria dos casos.
É importante saber que a artrose na coluna, em maior ou menor grau, ocorre em todos os indivíduos. Entretanto, sempre que houver sintomas dolorosos ou neurológicos, uma avaliação médica com um Especialista em Coluna é necessária.
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