A síndrome da cauda equina é uma doença grave que requer atendimento imediato ao se apresentarem os sintomas.
Consiste na compressão e inflamação do feixe de nervos na parte inferior do canal vertebral, que tem aspecto semelhante a uma cauda de cavalo (razão do nome atribuído).
A cauda equina é responsável pela inervação das estruturas da pelve e membros inferiores. A região onde está localizada (lombar, sacro, cóccix) pode sofrer dor, incômodo além da perda de sensibilidade e movimento, ao se apresentarem os sintomas da síndrome da cauda equina.
Ela é considerada como caso de emergência, o atendimento médico deve ser imediato.
A síndrome da cauda equina ocorre pela compressão do canal lombar, lesionando as raízes nervosas abaixo da medula espinhal, local onde há a divisão da medula em um feixe de nervos individuais em direção aos membros inferiores.
A medula espinhal é uma porção de tecido nervoso localizada dentro do canal vertebral e tem como função principal a transmissão dos sinais entre o cérebro e o sistema nervoso periférico. Percorre desde a base do cérebro até a junção entre a primeira e segunda vértebra lombar.
Esse feixe de nervos é responsável por transmitir sinais de movimentos, sensações e controle dos músculos do intestino, bexiga e das pernas.
A compressão do canal vertebral pode ter várias causas, como:
Assim que se notem os sintomas da síndrome da cauda equina, procure o médico especialista em coluna o mais rápido possível. A intervenção cirúrgica imediata é necessária para que não ocorra um maior comprometimento das funções. É urgente e caso de emergência.
Devido à compressão ou lesão dos nervos em direção aos membros inferiores, esta é a região onde a síndrome da cauda equina apresenta seus principais sintomas, comprometendo a capacidade motora e sensorial:
Alguns sintomas se confundem com outros problemas que acometem a coluna vertebral e que são tratadas sem a gravidade que se apresenta nesta condição, por isso, é importante o acompanhamento do médico especialista em coluna . Se não tratada, a síndrome da cauda equina pode causar a paralisia total dos membros inferiores.
A síndrome da cauda equina é diagnosticada pela análise clínica do médico com auxílio de exames específicos de imagem como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada, fundamentais para constatar a complicação na região.
Um diagnóstico precoce pode evitar o agravamento da síndrome da cauda equina e comprometimento neurológico das funções. Ao se apresentarem sinais de problemas na coluna vertebral, é importante que o paciente procure o médico para que toda a avaliação possível seja feita.
O tratamento para a síndrome da cauda equina tem como indicação a cirurgia para realizar a descompressão do canal vertebral, aliviando a pressão sobre os nervos através da remoção das estruturas que diminuem o espaço no canal da medula espinhal, conforme a causa que motivou a compressão.
Esse é o tratamento imediato para aliviar a complicação, que pode ser por exemplo, uma cirurgia de hérnia de disco que atualmente conta com técnicas modernas, conhecidas como cirurgia minimamente invasiva da coluna, que oferecem menor agressão ao corpo e consequentemente, menos risco para o paciente.
Contudo, a origem do problema, deverá ser tratada também. O médico especialista em coluna também irá investigar as causas que levaram à compressão numa medida de conter os fatores que a propiciam.
A constatação de ocorrências como a fissura do ânulo fibroso (ruptura da “capa” que protege o disco, podendo se tornar uma hérnia) ou edema dos ligamentos interespinhosos (inflamação nos processos espinhosos da coluna), entre inúmeras possibilidades de complicações, podem ser tratadas de maneira preventiva, evitando-se a evolução para o quadro mais grave.
Desta forma, o tratamento para a síndrome da cauda equina inclui tratar a causa do estreitamento do canal, que podem ter origens variadas e tratamentos próprios para cada um, como por exemplo as infecções, que serão tratadas com antibióticos; a hérnia de disco, que será retirada com uma cirurgia, etc.
Outros medicamentos também podem ser receitados pelo médico para aliviar os sintomas da dor. O paciente não deve se automedicar, é importante o acompanhamento do profissional capacitado para avaliação do quadro.
A síndrome da cauda equina tem sua resolução diretamente relacionada com a rapidez com que for tratada. Quanto mais rápida a identificação e o tratamento, maiores são as chances de ter seus sintomas diminuídos ou resolvidos.
A fisioterapia é importante para a reabilitação de quem se submeter a uma cirurgia, podendo iniciar-se já no hospital, enquanto se aguarda o momento adequado para a alta hospitalar.
A síndrome da cauda equina é uma doença grave, de intensidade variada e que se desenvolve gradativamente, a menos que haja uma lesão direta que interfira na região abruptamente. Apesar de rara, o acompanhamento com o médico especialista em coluna é importante para avaliar a evolução de qualquer quadro doloroso.
Para dúvidas e mais esclarecimentos, agende uma consulta.
Sociedade Brasileira de Coluna – https://www.coluna.com.br/
AO SPINE – https://aospine.aofoundation.org/
Sociedade norte americana de cirurgia de coluna – https://www.spine.org/
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Tenho desconfiado de ser portador deste síndrome por conta das dores irradiadas para o rim esquerdo semelhante a uma colica renal que atinge tambem um testiculo.
pode ser este um síntoma recorrente deste síndrome?as dores nao são continuas,são intermitentes mas quado doi e pra valer.
obrigado
Olá Argentino, normalmente a síndrome da cauda equina cursa com sintomas agudos de incontinência urinária, dormência na região do períneo e até perda de força nos membros inferiores. É mais raro em casos crônicos ou intermitentes, porém é importante passar em avaliação médica para determinar o correto diagnóstico do seu caso.
A RM lombar detectou uma estenose do canal vertebral em L4- L5;com agrupamento das raízes da cauda equina. Sou idosa 79 anos cardiopata que usa remédio controlado. O que fazer para minimizar e/ ou melhorar essa condição sem se submeter a cirurgia?
Olá Bernardete! Na medicina sempre temos que ter consciência dos riscos/benefícios de cada tratamento e nossas limitações. Em pacientes que tenham muitas co-morbidades e riscos altos devemos ao máximo insistir no tratamento clínico (medicações, fisioterapia, infiltrações na coluna, etc). Em alguns casos selecionados em que conseguimos controlar melhor os riscos e compensar melhor as co-morbidades, podemos indicar procedimentos menos invasivos como a endoscopia de coluna. É importante conversar bem com seu médico sobre esses detalhes.
Olá, Quem passou pela cirurgia de cauda equina e ainda está com anestesia em sela tem chances de voltar a ter sensibilidade?
Olá Leticia! Sim. A recuperação da sensibilidade é a mais lenta. A maior taxa de recuperação é no primeiro ano.
Boa Noite Dr . Luciano. Quero tirar uma dúvida meu irmão fez cirurgia de coluna de emergência. que comprimiu os nervos da coluna dele ele fez a ressonância e deu compressão de nervos .Só que depois que ele fez a cirurgia aconteceu que ele ficou com incontinência urinária e fecal. A minha dúvida é a dele também essa parte da incontinência vai voltar normal ou não
Olá Marizete! A recuperação da incontinência tem correlação direta com o grau da lesão e o tempo de compressão neurológica. A maior parte dos casos em que a descompressão é realizada nos primeiros dias de sintoma, tem uma boa recuperação.
oque significa agrupamento das raizes da cauda equina
Olá Eunice! Esse é um achado que pode aparecer em laudo de exames de imagens quando há uma estenose do canal vertebral (estreitamento do canal por onde passam as raízes da cauda equina).
Este foi o diagnóstico da ressonância “ Extrusão discal centrolateral direita de L3˗L4 com compressão das raízes da cauda equina.” Não sinto dormência e nem fortes dores , sinto apenas pequenas dores no nervo ciático e não de forma constante. Será que é indicação para cirurgia?
Obrigado
Olá Varlei! Na maioria dos casos, quando não há sintomas clássicos neurológicos ou de compressão da cauda equina, o tratamento pode ser clínico. No seu caso, apesar da compressão do exame de imagem, clinicamente você não apresenta os sinais clássicos da síndrome.