Dor Lombar – entenda tudo sobre o problema nesta região da coluna e que pode ter diferentes causas e também é conhecida como lombalgia e lumbago.
A dor lombar é um sintoma muito frequente na população em geral. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% dos indivíduos apresentarão dor na coluna lombar, em algum momento da vida.
Felizmente, grande parte dos casos melhora em poucas horas, não sendo motivo de grande preocupação.
O aconselhado é se manter ativo e fazer as atividades normais na medida do possível, porém evitando esforços ou movimentos que agravem a dor. Na maioria dos casos, a dor lombar desaparece no prazo de uma semana.
A parte inferior da coluna vertebral é chamada de região lombar e fica compreendida logo abaixo das costelas e acima da linha dos glúteos.
A parte inferior da coluna vertebral é chamada de região lombar ou coluna lombar. Fica logo abaixo das costelas e acima da linha dos glúteos. Normalmente, temos uma curvatura para dentro, nesta região (lordose).
A coluna vertebral é composta de ossos chamados vértebras, cujo formato é circular. Entre cada vértebra existe um disco, que funciona como “amortecedor” para diminuir o atrito entre elas e permitir que a coluna vertebral seja flexível. Temos 5 vértebras lombares e a dor em qualquer local entre elas é conhecida como dor lombar.
Também há vários músculos estabilizadores da postura e estruturas chamadas ligamentos, que ligam os ossos e dão apoio extra e estabilidade para as vértebras. Essas estrututas também podem causar dor lombar.
A dor na coluna lombar pode ter diversas causas, sendo a má postura um dos principais fatores que contribuem para o surgimento deste problema.
Uma causa comum de dor lombar é o estiramento ou sobrecarga dos ligamentos, podendo gerar um edema nos ligamentos interespinhosos.
Outra situação em que a dor lombar é persistente e piora em algumas posições que comprimem o disco, é a fissura do ânulo fibroso (a capa que envolve o disco).
Quando há acometimento de uma raiz ou nervo, a dor pode irradiar para algum membro e causar a dor ciática (lombociatalgia). A compressão dessas estruturas nessa região pode gerar a dor lombar.
Outro aspecto que impacta na dor na coluna lombar está associado com a presença de hérnia de disco e a estenose do canal lombar.
Todos esses casos necessitam de uma investigação por um médico especialista em coluna, uma vez que tais problemas podem evoluir para quadros clínicos mais acentuados e crônicos, comprometendo a qualidade de vida do paciente.
São causas menos prováveis, mas que também podem trazer dor na coluna lombar:
A dor na coluna lombar pode ser aguda (ocasional/repentina) ou crônica (persistente e de longa duração).
Os principais sintomas comuns de dor lombar são:
Caso estes sintomas sejam presentes por um período superior a duas semanas ou a dor aguda seja incapacitante, um médico especialista em coluna deve ser procurado para avaliação e tratamento do quadro.
Quando a causa da dor lombar não é bem definida e, muitas vezes está relacionada à má postura, denominamos de lombalgia inespecífica.
Este é o tipo mais comum de dor na coluna lombar e a maioria das pessoas terá em algum momento de sua vida.
Ela é chamada de inespecífica, pois geralmente nenhum problema ou doença específica pode ser identificada como a causa da dor lombar.
A intensidade da dor é variável e a maioria dos casos melhora espontaneamente em poucos dias.
A lombociatalgia, muitas vezes chamada de dor ciática, ocorre em cerca de 5% dos casos de dor lombar aguda.
Dentro da coluna temos a medula espinhal e a cauda equina, que contém as vias nervosas responsáveis pelo controle sensitivo e motor dos membros.
O paciente pode sentir dor ao longo do trajeto do nervo ciático, que começa na região lombar e vai até o pé. Portanto a dor lombar, pode estar associada com um nervo (raiz nervosa) que está irritado, inflamado ou comprimido nessa região lombar e que pode irradiar para outros membros.
Cerca de 80% dos casos de lombociatalgia são devido a uma hérnia de disco.
A síndrome da cauda equina é um tipo grave de compressão de múltiplas raízes nervosas. Esta é uma doença rara em que os nervos na parte inferior da cauda equina são comprimidos.
Esta condição pode causar dor lombar e problemas na função do intestino e bexiga (incontinência), dormência na área do períneo e fraqueza em uma ou ambas as pernas.
Essa síndrome precisa de tratamento urgente para evitar que os nervos da bexiga e intestino fiquem permanentemente lesionados.
Consulte um médico imediatamente se você suspeitar de síndrome da cauda equina.
Nem sempre. A maioria dos casos de dor lombar inespecífica não requerem a realização de ressonância magnética. Entretanto, em casos persistentes ou com sintomas associados o médico especialista em coluna provavelmente irá solicitar para complementação diagnóstica.
O quadro de dor na coluna lombar se torna crônico a partir do momento em que o mesmo se faz presente por um período superior a quatro semanas.
Em grande parte dos casos, o problema agudo evolui para um estágio crônico quando há outros fatores envolvidos, como desgastes intervertebrais ou a presença de artrose na coluna.
Alguns sintomas de dor na coluna lombar são sinais de alerta e exigem avaliação médica:
O tratamento consiste no uso de medicamentos específicos e mudanças no estilo de vida para aqueles que apresentam obesidade ou sedentarismo. São indicados dieta para a perda de peso e prática de atividades esportivas.
Exames de imagem podem ser solicitados para determinar a causa do problema. Problemas no disco intervertebral são relativamente frequentes nesses casos.
Em quadros onde a dor lombar se tornou crônica e/ ou há acometimento neurológico, algum procedimento adicional pode ser necessário (bloqueio, infiltração, endoscopia, descompressão, etc). Mas mesmo nesses casos, grande parte pode ser tratada clinicamente.
Além do mais, terapias que fazem o uso de técnicas manuais e exercícios para trabalho postural e fortalecimento da coluna, como a Reeducação Postural Global (RPG), fisioterapia e musculação são opções que podem ser indicadas para uma melhora no quadro do paciente.
A melhor maneira de evitar crises de dor na coluna lombar é simplesmente manter-se ativo e praticar exercícios regulares. Exercícios simples como caminhar, correr e nadar são ótimos para manter o tônus muscular.
O sedentarismo, sobrepeso e tabagismo aumentam muito o risco de crises recorrentes.
Alongamentos e exercícios de fortalecimento dos músculos do tronco são importantes para dar maior proteção à coluna.
Outro ponto importante é a postura no dia a dia. Evite ficar muito tempo parado em uma posição.
Perguntas muito frequentes realizadas pelos pacientes no consultório, a respeito de dor na coluna lombar.
Não. O nervo ciático pode ser uma das causas, no entanto, existem outros fatores que contribuem para uma dor na região da coluna lombar, além da compressão neurológica. Por exemplo: problemas musculares na estrutura osteomuscular da coluna vertebral.
Assim, como a má postura, um colchão que passou da validade, pode prejudicar a coluna lombar, tendo em vista que o paciente acaba tensionando a região enquanto está deitado. Algo similar com o que ocorre quando o indivíduo está sentado com a postura incorreta.
Sim, é possível. A má execução da técnica esportiva, assim como traumas sofridos na região da coluna em modalidades de contato, pode desencadear dores lombares.
Quando há compressão neurológica, especialmente do ciático, a dor na coluna lombar também pode irradiar para a perna, tendo em vista que o nervo percorre todo o membro. Por conta do bloqueio nesta terminação nervosa, o paciente sofre com dores e limitação de movimentos.
Se a dor lombar for leve e caso tenha feito algum esforço anteriormente, tente continuar com as atividades normais em um ritmo menor, sem forçar.
Como regra geral, não faça nada que provoque dor. Esse é um aviso do seu organismo de que algo não está bem.
Sim. Os quadros de dores agudas na coluna lombar podem desaparecer caso o paciente respeite o período de descanso e siga as orientações de um médico especializado.
Se a dor persistir, o quadro é considerado crônico. Portanto, os incômodos não vão diminuir enquanto o tratamento adequado não for prescrito.
Podem ser feitas leves massagens e utilizar compressas quentes ou frias para relaxar e/ ou desinflamar a região. Alongamentos, repouso relativo e atividade leve, são medidas que o próprio paciente pode adotar, enquanto aguarda a orientação médica.
Leia também sobre Fissura do Ânulo Fibroso.
Na persistência dos sintomas ou para uma maior tranquilidade, sempre procure a avaliação de um médico especialista.
Para dúvidas e mais esclarecimentos, agende uma consulta.
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